Disjuntor ideal para máquina de lavar roupas: segurança e dimensionamento

Exemplo de disjuntores termomagnéticos residenciais, responsáveis por proteger a instalação elétrica contra sobrecargas e curtos.

A importância do disjuntor na segurança elétrica

O disjuntor é um dos principais dispositivos de segurança em uma instalação elétrica residencial. Sua função é interromper a passagem de corrente elétrica caso ela exceda um valor seguro, evitando danos aos cabos, aparelhos e riscos de incêndio. Em outras palavras, quando ocorre uma sobrecarga ou um curto-circuito no circuito, o disjuntor desarma automaticamente, cortando a energia antes que o aquecimento dos fios cause acidentes. Sem um disjuntor adequado, uma sobrecarga contínua ou um curto-circuito poderiam rapidamente danificar equipamentos, derreter isolamentos e até iniciar um fogo. Portanto, os disjuntores protegem tanto os equipamentos quanto as pessoas, garantindo que a instalação opere dentro dos limites seguros.

Além de proteger contra danos materiais, o disjuntor evita choques elétricos indiretos, pois desativa o circuito defeituoso. A norma NBR 5410 (Instalações elétricas de baixa tensão) reforça a importância dessa proteção: exige, por exemplo, que qualquer aparelho com corrente nominal acima de 10 A seja alimentado por um circuito dedicado (independente). Isso se aplica a equipamentos como máquinas de lavar roupas, que frequentemente demandam correntes próximas ou superiores a 10 A. Em suma, um disjuntor corretamente dimensionado e instalado é fundamental para a segurança elétrica, evitando sobrecorrentes que poderiam queimar a máquina de lavar ou a fiação e protegendo sua residência contra acidentes.

O que é um disjuntor e como ele funciona (curto-circuito e sobrecarga)

Disjuntor é um dispositivo eletromecânico de proteção que monitora a corrente elétrica de um circuito e o desliga automaticamente em duas situações principais: curto-circuito e sobrecarga. De forma simplificada, dentro de um disjuntor termomagnético há dois mecanismos de disparo: um elemento térmico (bimetálico) para sobrecarga prolongada e um elemento magnético (eletroímã) para curtos imediatos.

  • Sobrecarga elétrica: ocorre quando a corrente supera a corrente nominal do circuito por um tempo prolongado, geralmente por ligar equipamentos demais ou um aparelho acima da capacidade da fiação. Essa corrente excessiva aquece os fios e o disjuntor. O elemento térmico do disjuntor detecta esse aquecimento e, após um tempo, desarma, cortando a energia. Assim ele previne que os cabos superaqueçam, evitando queima de isolação ou incêndios. Um exemplo de sobrecarga é ligar simultaneamente ferro de passar, máquina de lavar e outros aparelhos na mesma tomada ou circuito – a soma das correntes pode exceder o limite seguro do circuito.
  • Curto-circuito: ocorre quando um condutor “quente” (fase) encosta diretamente no neutro (ou em outra fase), criando um caminho de baixíssima resistência. Isso provoca uma corrente instantânea altíssima, dezenas de vezes acima do normal. O disjuntor responde quase que imediatamente através do seu disparador magnético: a corrente de pico aciona um ímã interno que desliga o disjuntor em fração de segundo, interrompendo o fluxo antes que a onda de corrente cause explosões ou queime a fiação. Curto-circuitos podem ser causados por fios desencapados em contato, falhas internas em aparelhos ou infiltração de água nos componentes elétricos.

Tanto sobrecargas quanto curtos são perigosos: podem queimar equipamentos, danificar permanentemente a instalação elétrica e até liberar faíscas ou calor suficiente para um incêndio. Por isso, o disjuntor é essencial – ele age como um “guardião” do circuito, permitindo a passagem da corrente normal sem interrupções, mas pronto para desligar sempre que a corrente fugir do padrão seguro. Após um desarme, é importante identificar e corrigir a causa (reduzir a carga ou consertar o curto) antes de religar o disjuntor.

Tipos de disjuntores e proteção indicada

Nem todos os disjuntores são iguais. Existem diferentes tipos, cada um projetado para funções específicas de proteção. Para uma máquina de lavar roupas, devemos considerar dois tipos principais de proteção: a proteção contra sobrecorrente (sobrecarga/curto) e a proteção diferencial residual (contra choques elétricos). A seguir, explicamos os tipos mais comuns e quais se aplicam à instalação de uma lavadora:

  • Disjuntor Termomagnético (comum): é o tipo mais utilizado em residências. Combina os mecanismos térmico e magnético explicados acima, protege a instalação contra sobrecarga e curto-circuito. Esse disjuntor monitora a corrente e desarma se houver sobrecorrente acima de seu valor nominal. Para uma máquina de lavar, o disjuntor termomagnético escolhido deve ter uma corrente nominal adequada (veremos adiante como dimensionar). É o “disjuntor padrão” do quadro elétrico.
  • DR (Dispositivo Diferencial Residual): conhecido popularmente como disjuntor DR ou IDR, é um dispositivo que protege contra fuga de corrente e choques elétricos, desligando o circuito ao detectar corrente fugindo pelos caminhos indevidos (como através do corpo humano ou água). Diferente do termomagnético, o DR não protege contra sobrecarga ou curto, apenas contra choques. Nas instalações modernas, especialmente em áreas com água, a NBR 5410 exige o uso de DR de alta sensibilidade (30 mA) para proteger usuários. Lavanderias, áreas de serviço e cozinhas estão entre os locais onde o DR é obrigatório, por serem ambientes úmidos. Portanto, o circuito da lavadora deve ter proteção diferencial residual, seja por um disjuntor DR (que combina funções de um termomagnético + DR) ou por um IDR em série com o disjuntor comum. Essa proteção adicional é vital: enquanto o disjuntor termomagnético protege a máquina e a fiação, o DR protege as pessoas contra choques elétricos (por exemplo, se houver um fio desencapado tocando a carcaça da lavadora ou uma infiltração causando fuga de corrente).
  • Curvas de disparo B, C e D: os disjuntores termomagnéticos residenciais são categorizados em curvas de atuação (B, C ou D), que indicam a sensibilidade do disparo magnético a sobrecorrentes instantâneas. Em termos práticos, a curva C é normalmente a mais indicada para motores de lavadoras. Explicando cada uma de forma simples:
    • Curva B: desarma rapidamente em correntes de curto relativamente baixas (entre 3 a 5 vezes a corrente nominal). Indicada para cargas “leves” sem pico de partida alto, como lâmpadas incandescentes, aquecedores resistivos e fornos elétricos. Se usada em motores, pode desarmar indevidamente, pois motores tendem a puxar um pico na partida.
    • Curva C: suporta picos entre 5 a 10 vezes a corrente nominal antes de desarmar. É adequada para cargas com corrente de partida média, como motores elétricos de geladeiras e máquinas de lavar, além de lâmpadas fluorescentes. Ou seja, um disjuntor curva C de, digamos, 10 A tolera um pico de 50–100 A por milissegundos, permitindo o motor da lavadora arrancar sem desarmar desnecessariamente. Para a maioria das lavadoras residenciais, recomenda-se disjuntor curva C justamente por equilibrar sensibilidade e tolerância à partida do motor.
    • Curva D: tolera picos de 10 a 20 vezes a corrente nominal, sendo usado para cargas muito indutivas e de grande porte (motores industriais, transformadores de partida pesada). Em uma residência comum, raramente se utiliza curva D — seria exageradamente “lento” para uma lavadora e só seria aplicável se a máquina tivesse um motor de partida muito brusca (o que não é o caso das lavadoras domésticas típicas).

Resumindo, para proteger uma máquina de lavar roupas usamos um disjuntor termomagnético devidamente dimensionado (corrente adequada), geralmente de curva C, e complementamos a segurança do circuito com um DR de 30 mA para prevenção de choques. Essa combinação garante tanto a proteção do patrimônio (fiação e aparelho) quanto a proteção à vida, em conformidade com as normas técnicas.

Potência da máquina de lavar e influência no disjuntor

Para escolher o disjuntor correto, primeiro precisamos saber qual a potência elétrica (em watts) da máquina de lavar ou, diretamente, qual corrente ela consome. A potência geralmente pode ser encontrada na etiqueta do produto ou no manual do usuário, indicada em watts (W). Em máquinas de lavar modernas, a potência nominal costuma incluir o motor e outros componentes (bombas, controles e, se houver, aquecedor de água).

Uma vez conhecida a potência, podemos estimar a corrente que a lavadora irá puxar da rede elétrica. A relação básica é dada pela fórmula I = P / V, onde I é a corrente (em ampères, A), P a potência em watts e V a tensão da rede (voltagem em volts). Por exemplo, se uma lavadora for de 1000 W e estiver ligada em 127 V, a corrente aproximada será I = 1000/127 ≈ 7,9 A. A mesma lavadora de 1000 W em 220 V consumiria I = 1000/220 ≈ 4,5 A. Observe então que a tensão da rede influencia diretamente a corrente: equipamentos de mesma potência consomem menos ampères em 220 V do que em 127 V.

No caso de lavadoras de roupas no Brasil, a potência pode variar bastante conforme o modelo:

  • Modelos simples (como lavadoras semiautomáticas do tipo “tanquinho”) geralmente têm potência menor, em torno de 300 a 500 W. Por exemplo, uma lavadora de 10 kg semiautomática pode ter cerca de 415 W de potência. Em 127 V isso representa uma corrente de apenas ~3,3 A, enquanto em 220 V seria ~1,9 A – bem baixa.
  • Lavadoras automáticas tradicionais (abertura superior, que não aquecem água) costumam ter potência na faixa de 500 a 900 W. Um exemplo: um modelo Brastemp 11 kg Ative! tem potência nominal de 880 W, o que equivale a aproximadamente 7 A em 127 V e 4 A em 220 V.
  • Lavadoras front-load avançadas com aquecimento de água tendem a ter potência maior devido à resistência de aquecimento. Um modelo 11 kg frontal que aquece pode chegar a ~1900 W em 220 V (e cerca de 1100 W na versão 127 V) – isso dá em torno de 8,6 A em 220 V. Note que esses modelos já vêm com plugue de 20 A devido à corrente mais alta e às exigências das normas.

É importante entender esses valores porque o disjuntor deve ser escolhido de acordo com a corrente que a máquina exige. Se o disjuntor tiver um valor muito abaixo da corrente necessária, ele desarmará toda vez que você ligar a lavadora (pensando erroneamente que é uma sobrecarga). Por outro lado, um disjuntor superdimensionado (corrente nominal muito acima da corrente da máquina) pode não proteger adequadamente em caso de falha – permitiria passar uma corrente excessiva que já poderia estar superaquecendo os fios da lavadora antes de desarmar.

Tensão da rede (127V ou 220V) e impacto na escolha do disjuntor

No Brasil, dependendo da região, a tensão das tomadas pode ser de 127 V ou 220 V (ambas são monofásicas residenciais comuns). As grandes fabricantes disponibilizam lavadoras em versões 127 V ou 220 V, e é crucial usar o aparelho na tensão correta indicada. A tensão afeta o dimensionamento do circuito da seguinte forma:

  • Corrente mais alta em 127 V: Como vimos, para a mesma potência, a corrente em 127 V é aproximadamente 1,73 vezes maior do que em 220 V (já que 220/127 ≈ 1,73). Por isso, lavadoras 127 V exigem disjuntores de corrente maior que modelos equivalentes em 220 V. Na prática, muitos fabricantes recomendam um disjuntor de 20 A para máquinas 127 V, mas apenas 15 A (bipolar) para máquinas 220 V. Essa diferença ocorre porque a versão 127 V puxa o dobro da corrente, necessitando um disjuntor mais robusto e também condutores de secção adequada.
  • Disjuntor bipolar para 220 V: Outro ponto é que em circuitos 220 V (bifásicos) deve-se utilizar disjuntor bipolar, que desliga as duas fases simultaneamente em caso de falha. Já em circuitos 127 V (fase + neutro), usa-se disjuntor monopolar na fase. Assim, para uma lavadora 220 V, a recomendação típica é um disjuntor bipolar de 15 A (cortando ambas fases), enquanto para 127 V é um disjuntor monopolar de 20 A na fasem.media-amazon.com. Vale notar que em algumas localidades o 220 V é fornecido entre fase e neutro (ao invés de duas fases); nesses casos, o fabricante indica um disjuntor de 15 A no fio fase desse circuitom.media-amazon.com. De qualquer forma, sempre siga a configuração indicada no manual do fabricante para 127 V ou 220 V, pois ela considera a melhor proteção para aquele modelo.
  • Capacidade de condução e queda de tensão: Em 127 V, por fluir mais corrente, a queda de tensão ao longo dos cabos é maior, por isso não só o disjuntor mas também a fiação deve ser adequadamente dimensionada. Normalmente utiliza-se cabo de 2,5 mm² para circuitos de tomadas de lavadoras. Pela NBR 5410, um cabo de 2,5 mm² suporta em torno de 20~25 A dependendo das condições, o que permite usos até esse limite com segurança. Em distâncias maiores, pode ser necessário bitolas maiores para evitar queda de tensão excessiva. Por exemplo, um fabricante recomenda 2,5 mm² até cerca de 30 m de distância do quadro em 127 V, e até 70 m em 220 V (acima disso, usar 4 mm²). Isso mostra que a tensão mais alta “alivia” a corrente e permite cabos longos sem grandes perdas, mas o dimensionamento do disjuntor deve sempre casar com o da fiação – não adianta por um disjuntor forte em um fio fino. Portanto, use a bitola de cabo correta e nunca exceda a capacidade dos condutores.

Em resumo, verifique a tensão da sua rede e da máquina antes de instalar. Use o disjuntor adequado para cada tensão (geralmente 20 A para 127 V e 15 A para 220 V, salvo instruções específicas do manual). Isso garante que a proteção atuará corretamente conforme a corrente que realmente percorre o circuito da lavadora.

Dimensionamento correto do disjuntor pela corrente nominal

Dimensionar o disjuntor significa escolher a corrente nominal (em ampères) adequada para que ele proteja o circuito sem disparar indevidamente. O procedimento simplificado é o seguinte:

  1. Identificar a corrente nominal da lavadora – seja calculando a partir da potência (P/V) ou consultando o manual técnico. Por exemplo, suponha uma lavadora consuma 10 A em funcionamento normal (valor típico para modelos médios).
  2. Garantir margem de segurança – Não devemos usar um disjuntor exatamente igual a 10 A nesse caso, porque a lavadora pode ter picos ligeiros de corrente ao ligar o motor ou em determinados ciclos. Uma prática comum (inspirada em normas como NEC e utilizada em projetos) é aplicar a regra dos 125%: dimensionar o dispositivo de proteção para cerca de 1,25 vezes a corrente de plena carga. Isso dá uma folga para que mesmo em uso contínuo ou picos moderados o disjuntor não desarme à toa. No exemplo de 10 A, 125% disso é 12,5 A – então escolheríamos o padrão comercial acima, que é disjuntor de 15 A.
  3. Escolher o valor comercial e tipo adequado – Disjuntores domésticos vêm em correntes padronizadas (10 A, 15 A, 16 A, 20 A, etc.). Selecionamos o valor imediatamente acima da corrente calculada. No nosso exemplo, 12,5 A pede um disjuntor de 15 A. Se uma máquina consome cerca de 12 A nominal (como algumas lavadoras maiores), 125% disso é 15 A, o que levaria a um disjuntor de 20 A para ter folga. Obs.: Em normas brasileiras, a definição de cargas contínuas e intermitentes pode diferir, mas essa margem é saudável para não trabalhar no limite.
  4. Verificar a capacidade dos cabos – O disjuntor também protege a fiação do circuito. Então sua corrente nominal nunca deve exceder a corrente suportada pelos condutores ligados a ele, conforme as tabelas da NBR 5410. Por exemplo, se o circuito da lavadora for com cabos de 2,5 mm² (suporta cerca de 21 A em instalações comuns), não usar disjuntor acima de 20 A. Felizmente, os valores recomendados (15 A, 20 A) já estão dentro do usual para 2,5 mm². Apenas tenha atenção se por acaso a instalação for antiga com fios mais finos – isso deve ser corrigido por um eletricista.
  5. Considere as condições de instalação – Se a máquina de lavar compartilha circuito com outros equipamentos na lavanderia (por exemplo, um ferro de passar roupa), some as correntes para dimensionar o disjuntor do circuito. A NBR 5410 orienta que em áreas de serviço/lavanderia haja um circuito exclusivo para as tomadas desse ambiente. Assim, se for alimentar também um ferro (~10 A) além da lavadora (~7 A), a corrente total poderia chegar a ~17 A, o que justifica o uso de 20 A nesse circuito para não desarmar durante o uso conjunto. Por isso, circuitos de lavanderia frequentemente são de 20 A.

Seguindo esses passos, você chegará ao disjuntor ideal. Em caso de dúvida, consulte sempre o manual do fabricante: muitos já especificam o disjuntor recomendado. Por exemplo, a Electrolux indica explicitamente o uso de 20 A para modelos 127 V e 15 A (bipolar) para 220 V. Já a Brastemp, em modelos com aquecimento, utiliza plugue de 20 A e requer circuito compatível. A regra geral é garantir que o disjuntor aguente a corrente da lavadora em regime normal, mas desarme com rapidez em caso de sobrecorrente anormal, protegendo assim a instalação.

Exemplos práticos de disjuntores para lavadoras comuns

Vamos ver alguns exemplos típicos para consolidar o entendimento. A tabela abaixo resume casos de máquinas de lavar populares e a escolha do disjuntor:

Modelo de LavadoraPotênciaTensãoCorrente aproximadaDisjuntor recomendado
Lavadora semiautomática 10 kg (tanquinho)~400 W127 V~3,2 A10 A (monopolar curva B ou C)¹
220 V~1,8 A10 A (bipolar curva B ou C)¹
Lavadora automática 11 kg (top-load)880 W127 V~7,0 A15 A ou 16 A (monopolar curva C)²
220 V~4,0 A15 A (bipolar curva C)²
Lavadora frontal 11 kg c/ aquecimento1100 W / 1900 W127 V~8,7 A (podendo chegar >10 A com motor)20 A (monopolar curva C)³
220 V~8,6 A15 A (bipolar curva C)³

Notas: ¹ Tanquinho: corrente baixa, pode usar disjuntor de 10 A (curva B é suficiente pois não há grande pico de partida). ² Top-load 11 kg: fabricante recomenda circuito 20 A para 127 V, mas muitos modelos funcionam em 15 A; opta-se por 15/16 A para leve margem. ³ Front-load com resistência: apesar da corrente ~8-9 A, vem com plugue 20 A Brastemp; recomenda-se circuito 20 A em 127 V para folga, e 15 A em 220 V conforme.

Esses exemplos ilustram que a corrente nominal da máquina, a tensão de alimentação e as recomendações do fabricante determinam a especificação do disjuntor. Em caso de dúvida, sempre prefira seguir as orientações da marca do aparelho (que considera testes e requisitos específicos) e nunca instale disjuntores de valores inferiores ao recomendado, pois isso causará desarmes frequentes e possível subdimensionamento da fiação.

Dicas de segurança e a contratação de um eletricista

Por fim, algumas recomendações importantes para garantir uma instalação segura e em conformidade com as normas:

  • Circuito dedicado: Instale a máquina de lavar em um circuito exclusivo, sem compartilhar disjuntor com muitos outros equipamentos. A norma exige circuitos separados para áreas como lavanderia, exatamente para evitar sobrecargas. Isso também facilita manutenções e evita que um problema na lavadora apague luzes ou outros cômodos.
  • DR (Diferencial Residual): Assegure-se de que a lavadora esteja protegida por um DR de 30 mA. Esse dispositivo salva-vidas é obrigatório em ambientes molhados (banheiro, área de serviço, cozinha) e deve ser instalado por um profissional. Ele detecta fugas de corrente (por exemplo, se a água causar algum escape elétrico) e desliga antes que alguém leve um choque grave. Lembre-se: disjuntor comum protege equipamentos, DR protege pessoas.
  • Aterramento adequado: Conecte o pino de terra da máquina a uma tomada aterrada conforme a NBR 5410. Nunca use adaptadores que anulam o terra. O aterramento trabalha em conjunto com o DR para desviar correntes de fuga e aumentar a segurança. Se sua casa não tem sistema de aterramento, providencie uma adequação com eletricista – é um investimento em segurança.
  • Instalação profissional: Embora trocar um disjuntor pareça simples, recomenda-se fortemente contratar um eletricista qualificado para instalar ou dimensionar circuitos para a lavadora. O profissional verificará a bitola dos cabos, a capacidade do quadro elétrico, fará as conexões corretas e testará o DR. Isso garante conformidade com as normas e evita improvisos perigosos. Lembre-se que mexer no quadro de distribuição energizado é arriscado; um eletricista saberá tomar os devidos cuidados (desligar a chave geral, usar ferramentas isoladas, etc.).
  • Uso consciente e manutenção: Não sobrecarregue as tomadas com benjamins ou extensões ligando vários aparelhos junto da lavadora – isso pode causar sobrecarga e disparos do disjuntor. Se o disjuntor da lavadora desarmar com frequência, não insista religando sem averiguar a causa. Desconecte a máquina, cheque se há algum curto (cheiro de queimado, fios expostos) e chame um técnico se necessário. Disjuntores que desarmam estão cumprindo seu papel de proteção – respeite esses sinais e investigue o problema.

Em resumo, o melhor disjuntor para uma máquina de lavar roupas é aquele corretamente dimensionado para a corrente do equipamento e para a segurança da instalação. Tipicamente, trata-se de um disjuntor termomagnético curva C (de ~15 A a 20 A dependendo da tensão e do modelo), associado a um DR 30 mA no circuito. Essa configuração, alinhada com os fundamentos de eletricidade, engenharia e as normas brasileiras (ABNT NBR 5410), garante que sua lavadora funcione de forma eficaz e segura. Seguindo as orientações acima e contando com profissionais quando necessário, você protege sua casa contra acidentes elétricos e prolonga a vida útil de seus eletrodomésticos. Boa lavagem – com segurança em primeiro lugar!

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Atualizada em 26-jul-2024

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